domingo, 30 de agosto de 2009

Conclusão

Sem sombra de dúvidas, o clima exerce, direta ou indiretamente, uma influência muito grande sobre a formação de paisagens ímpares e diversificadas, principalmente quando associado a múltiplos fatores naturais. Sendo responsável por todas as atividades desenvolvidas pelo homem e reflexo de uma ampla dinâmica natural, vem sendo o pioneiro de diferentes culturas, já que influi a alimentação, o vestuário, a habitação e primordialmente a economia dos diversos espaços. Nessa perspectiva, é essencial que saibamos frear o impactante desequilíbrio ecológico, haja vista de todo o legado e o patrimônio cultural deixados pelos seres humanos a gerações vindouras a destruição.

Entendendo o clima

Para entender o clima apenas é necessário compreender um simples esquema: fatores climáticos influenciam os elementos climáticos. Esses definem o tempo, o qual em sua sucessão durante 30 anos define o clima. Com esse esquema entende-se basicamente como funciona toda a dinâmica que por fim resulta no clima de uma determinada região.

Parâmetro climático de POA




FATORES DO CLIMA

Latitude: A latitude é um dos fatores do clima que influi na temperatura devido à forma esférica da Terra. A insolação diminui a partir do Equador, pois ali os raios solares incidem perpendicularmente à superfície da Terra, em direção aos pólos, onde há elevada inclinação e reflexão dos raios solares. Então a regra geral se define por a temperatura diminuir com o aumento da latitude.

Altitude: A altitude é um fator climático que exerce grande influência sobre a temperatura. Isso ocorre porque o calor é irradiado da superfície terrestre, é refletido, sendo enviado de volta, e a atmosfera se aquece por irradiação. O ar se torna mais rarefeito a medida que a altitude fica maior. O ar ficar rarefeitosignifica ter menor densidade de moléculas, ocorrendo menor irradiação, menor retenção de calor e, por consequência, menores temperaturas. A temperatura cai 1ºC, aproximadamente a cada 200 metros que nos elevamos. As regiões tropicais são muito quentes geralmente. Nelas encontramos serras, chapadas e planaltos, o que é um importante fator amenizador da temperatura. Podemos encontrar no Brasil, por exemplo, nas serras do Mar e da Mantiqueira, no Planalto da Borborema e no Planalto Meridional. Já as regiões temperadas são normalmente mais frias e a elevação da altitude [nos Alpes, por exemplo,] acentua ainda mais o rigor da temperatura.


Correntes Marítimas: As correntes marítimas são porções de água que se deslocam pelos oceanos. Com características próprias elas apresentando temperatura, salinidade, pressão e velocidade. As correntes marítimas distribuem o calor e influem no clima. Elas resultam de diversos fatores, como ventos, movimento de rotação da Terra, diferenças de salinidade e temperatura das águas e conformação das bacias oceânicas. As correntes quentes formam-se nas áreas equatoriais e migram para as altas latitudes, onde irradiam calor para o ar atmosférico. Um exemplo é a corrente quente do Golfo ou Gulf Stream. As correntes frias formam-se nas áreas polares, migram para as baixas latitudes e provocam queda da temperatura nas áreas próximas aos litorais. Temos como exemplo as correntes frias de Humboldt e da Califórfia, que esfriam o ar atmosférico ao longo de seu trajeto. As correntes marítimas também influem na umidade. As massas de ar quente provenientes do Pacífico se resfriam ao passar sobre essas correntes, ocasionando condensação e chuvas. Elas chegam secas ao litoral e ao interior da América do Sul e do Norte, sendo, além de outros fatores, responsáveis pela existência dos desertos de Atacama e do Colorado, bem como do deserto mexicano. Uma observação feita é que as principais áreas pesqueiras do mundo localizam-se em locais de encontro entre correntes frias e quentes. Para compensar o movimento das águas superficiais, as águas profundas são transportadas verticalmente para cima – o qual é conhecido como fenômeno da ressurgência - trazendo sedimentos ricos em nutrientes. A iluminação solar aumenta a atividade biológica, concentrando plâncton (microorganismos animais e vegetais) e atraindo grande quantidade de peixes. As principais correntes quentes são: Corrente do Brasil, Corrente do Golfo, Corrente das Agulhas, Corrente Equatorial Sul, Corrente Oriental da Austrália ,Corrente Equatorial do Norte, Corrente Kuroshio. As principais frias são: Corrente Subártica, Corrente do Peru, Corrente das Falklands, Corrente do Labrador, Corrente de Benguela, Corrente Ocidental da Austrália e Corrente da Groenlândia.
Continentalidade e maritimidade: A proximidade de grandes quantidades de água exerce influencia na temperatura. A água demora a se aquecer, enquanto os continentes se aquecem rapidamente. Porém a água também demora para esfriar. Assim áreas mais próximas aos oceanos são mais amenas, apresentando menos amplitude térmica, sofrendo influência da maritimidade. Já o interior dos continentes, por estarem distantes do mar, sofrem influência da continentalidade, apresentando maior amplitude térmica. Um exemplo disso é visto na Europa, onde há os climas temperado oceânico e continental.


Pressão: o elemento climático é capaz de influenciar a umidade, o que ocorre através da ação de ventos, os quais deslocam o vapor d’água.

Tipo de solo: dependendo do solo este pode ser capaz de reter água, por exemplo, solos arenosos retêm água em tubos formados pelos grãos de terra, enquanto solos de florestas não.
Relevo: O relevo constitui uma barreira natural para a úmida, o que é explicado com a ocorrência das chuvas de relevo. Deixando a área de sotavento mais seca e a de barlavento úmida. Ele também pode permitir a livre entrada de massas de ar, deixando muitas áreas sucessíveis aos efeitos das mesmas, com quedas e altas de temperatura.

Vegetação: A vegetação impede a incidência total dos raios solares, mantendo o índice pluviométrico alto.
Ocupação humana: O desmatamento altera significativamente o clima em uma região, por exemplo, o desmatamento de uma floresta torna a mesma mais seca.

ZONAS CLIMÁTICAS

O planeta pode ser dividido em cinco zonas climáticas. Essa divisão é feita pelos próprios paralelos: Trópico de Câncer, Trópico de Capricórnio, Círculo Polar Ártico, Círculo Polar Antártico e Equador. Entre os trópicos está localizada a Zona Quente ou Tropical, esta é caracterizada por apresentar climas sem inverno. Entre os trópicos e círculos, as Zonas Temperadas, caracterizadas pelos climas de latitudes médias. Por fim após os círculos polares há as Zonas Polares, as quais apresentam os climas sem verão.

TIPOS DE CLIMA

Tropical: O clima tropical é uma “faixa de transição” entre os climas equatorial, excessivamente úmido, e desértico, excessivamente seco. Apresenta estações bastante equilibradas quanto á distribuição das chuvas, ao se aproximar dos trópicos, a estação seca tende a aumentar, logo, clima tropical seco. Se a estação úmida superar a seca, então o clima é tropical úmido. Ele ocorre na América do Sul, África Oriental e parte da África do Sul, Sul da Ásia (Índia e Indochina), onde o clima tropical é influenciado pelas monções, e Norte da Austrália. Em geral é caracterizado por temperaturas elevadas, em média 20ºC, e com uma amplitude que não ultrapassa os 10ºC. Os verões são quentes e úmidos e os invernos com temperaturas menores e queda na precipitação.
Subtropical: O clima subtropical é característico (mas não exclusivo) das áreas geográficas a sul do Trópico de Capricórnio e a norte do Trópico de Câncer, mais precisamente entre os paralelos 23º27'30'' e 35º, a chamada zona subtropical. Compreende as regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas, a região do Vale do Ribeira, o extremo sul do Mato Grosso do Sul e os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Caracteriza-se por temperaturas médias anuais inferiores a 21º C, com amplitude térmica entre 9ºC e 13ºC. Nas áreas mais elevadas, o verão é suave e o inverno é mais frio, com nevadas ocasionais. Nas áreas mais baixas, a neve é rara ou nunca registrada, mas fortes geadas podem atingir toda a área de abrangência deste clima. Chove entre 1.000 mm e 2.000 mm anualmente, de forma bem distribuída ao longo das estações.

Mediterrâneo: Ao sul do continente europeu, na região banhada pelo Mar Mediterrâneo, ocorre o clima mediterrâneo, com médias térmicas superiores a 18°C. Essa região, que abrange o sul da França, Itália, Grécia, Portugal e Espanha, sofre a influência dos ventos vindos do Deserto do Saara, que tornam o clima mais quente e seco. O clima mediterrâneo é quente e seco no verão e é instável e úmido no inverno. o período de chuva dura de 2 a 4 meses, no inverno, sendo raro ocorrer precipitações no resto do ano.

Temperado: O clima temperado é aquele que ocorre nas regiões central da Europa, sudeste da Austrália, litoral sul da América do Sul, nordeste da China, norte do Japão e parte do Oriente Médio. Caracteriza regiões cuja temperatura varia regularmente ao longo do ano, com a média acima de 10°C, nos meses mais quentes e entre -3º e 18°C, nos meses frios. Possuem quatro estações bem definidas: um verão relativamente quente, um outono com temperaturas gradativamente mais baixas com o passar dos dias, um inverno frio, e uma primavera, com temperaturas gradativamente mais altas com o passar dos dias. A umidade relativa do ar, no inverno, fica entre 80% e, no verão, 90%. Há subdivisões no clima temperado conforme a área em que se situa como: temperado mediterrânico (Roma, Lisboa, Madri, Santiago do Chile), subtropical úmido (Curitiba, Porto Alegre, Houston), temperado marítimo (Prince Rupert, Limoges, Açores), temperado subártico (Punta Arenas, Monte Dinero), temperado continental (Moscou e Chicago).
De Altitude: Ocorre em todas as áreas com altitude elevada, a qual influência tanto na temperatura quanto nas precipitações. O verão é curto e apresenta temperaturas de no máximo 10°C e o inverno muito frio. Normalmente a amplitude térmica é baixa. As precipitações são frequentes durante o ano, muitas vezes, na forma de neve.

Árido: O clima árido é aquele que ocorre nas regiões marcadas pela presença de deserto. Podemos encontrar este tipo de clima nos seguintes desertos: Saara, Arábia, Austrália, Atacama, Neguev, Kalahari, Sonora, entre outros. Os Climas secos (áridos e semi-áridos) são caracterizados pelos fato da precipitação (volume de chuvas) ser menor do que a taxa de evaporação e transpiração, uma elevada amplitude térmica e uma baixíssima umidade relativa do ar.
Polar: O clima polar, como o próprio nome já diz, é característico das regiões polares, portanto, em altas latitudes. Neste tipo de clima que abrange toda a Antártida no hemisfério sul e as regiões norte do Alaska, Canadá, Sibéria, Groenlândia e boa parte da Islândia as temperaturas médias são muito baixas e ficam sempre negativas. No verão chegam aos -10 ºC e no inverno podem alcançar os -60 ºC, sendo que na Antártida o inverno é totalmente inóspito com temperaturas que podem chegar a -80 °C ou até mais baixas no interior do continente. São regiões de ventos intensos e que ficam cobertas de gelo neve durante todo o ano, com exceção das faixas litorâneas onde uma vegetação de tundra aparece durante o curtíssimo verão. No inverno há dias em que o Sol não nasce, e certos dias no verão ele não se põe (Sol da meia-noite) Também é um clima que apresenta altas amplitudes térmicas diárias e anuais.

Alpino: Clima alpino é um clima existente numa região situada a uma altitude acima da linha das árvores, uma linha imaginaria em que acima dela não há a ocorrência de arvores.
Este clima é mais frio nas áreas elevadas, pois os raios do sol não aquecem a atmosfera diretamente, ela é aquecida pelo calor da superfície, que irradia o calor recebido do sol. A taxa média seca do lapso é menos 10°C por quilômetro da elevação ou da altura.

Equatorial: Ocorre em áreas próximas à linha do equador, é caracterizado por altas medias mensais de temperaturas e grande índice de pluviosidade, superior a 2000 mm de precipitação anual. O clima equatorial não tem estações bem definidas, permanecendo sempre quente e úmido. Em conseqüência do clima, a vegetação predominante é a floresta equatorial, uma formação vegetal marcada pelo domínio de grandes árvores e uma biodiversidade das mais fartas do mundo.

Continental: Este clima é próprio das regiões do interior dos continentes em latitudes superiores a 45º. Caracteriza-se por invernos muito frios, longos e secos com temperaturas médias mensais que oscilam entre –10ºC e os 20ºC, devido à distância que as separa das áreas de influencia marítima,com as temperaturas de verão bastante altas que contrastam fortemente com os invernos, muito frios. A temperatura média anual é inferior a 10 °C.


Distribuição de Climas:

- no Brasil:



- no mundo:

sábado, 29 de agosto de 2009

MICROCLIMAS

Apesar das classificações climáticas, há regiões do planeta que possuem um clima específico e isolado. Segundo Geiger microclimas são todos os climas restritos a áreas muito reduzidas. Eles são determinados pelo próprio ambiente, ou seja, pelo solo, vegetação e acúmulo de matéria orgânica. Podem ser divididos em dois tipos: de vegetação e urbano. Um exemplo de área com microclima de vegetação são as florestas, nestas as árvores retém calor solar, assim aquecendo a região. De forma que no interior da floresta a temperatura seja mais amena, chegando a ser até cinco graus mais baixa. Já as grandes metrópoles muitas vezes constituem as chamadas ilhas de calor, um microclima urbano. Essas ilhas ocorrem, quando a cidade está localizada em uma área coberta por ar quente, aproximadamente a 120 metros. Uma causa disso é a falta de vegetação e a combustão dos motores de veículos, em geral. Isso faz com que a emissão de gases aumente, levando a um aumento de temperatura, em até seis graus. Esses microclimas são importantes, de forma que seja necessário preserva-los. Eles estão vinculados com a vegetação da região, com a superfície aquosa, com o ecossistema em geral. Assim, uma alteração no mesmo, pode levar a um desequilíbrio ecológico da área.

ELEMENTOS DO CLIMA

Temperatura: A temperatura é tida como um dos mais importantes elementos climáticos. Tem como definição: estado térmico da atmosfera, referindo-se a sensação de frio e calor. Ela é medida pelo aparelho termômetro, sendo utilizadas duas escalas: Celsius, a mais comum e Fahrenheit. Elas podem ser convertidas, por exemplo de Celsius para Fahrenheit e vice-versa, tendo em vista que 0°C = 32°F.


Umidade: Elemento o qual influencia diretamente na vida humana, a umidade pode ser definida como o conteúdo de vapor d’água que impregna os corpos e que se encontra presente na troposfera (zona inferior da atmosfera). É tida como um dos fatores que mais influencia o clima, pois regula a temperatura do ar, sendo decisiva na ocorrência de tempestades e precipitações, em geral, como a chuva. Por exemplo, os climas quentes são divididos em equatoriais e tropicais, os primeiros apresentando chuvas constantes e abundantes, e os segundos, chuva alternada com estação seca.




Pressão Atmosférica: Dependendo da gravidade do local e de como essa é determinada pela latitude, a pressão atmosférica insere-se como a força exercida pela atmosfera sobre a superfície da Terra, equivalente a uma coluna de mercúrio de 1 centímetro de diâmetro e 36 centímetros de altura. Por ser fluido, o ar tende a acumular-se nas camadas mais baixas e, devido ao peso das camadas superiores, comprime-se e torna-se mais denso e pesado. Em altitudes elevadas, porém, o ar é mais rarefeito, dilatado e posteriormente leve, resultando em menor pressão atmosférica se comparado à superfície. Além disso, esse fenômeno varia ainda em função da temperatura; quando aquecido, e ar torna-se menos carregado e, quando resfriado, mais denso. O aparelho que mede a pressão atmosférica denomina-se barômetro, cuja unidade de medida é o milibar, correspondente a 1.000 dinas por centímetro quadrado. Ao nível do mar, a pressão atmosférica é de cerca de 1,014 milibares.


Radiação Solar: O Sol emite energia constantemente, a energia solar é absorvida pela atmosfera, oceanos e pela terra, em quantidade relativamente grande: 64%, porém cerca de 36% é refletida, sendo devolvida ao espaço. Essa dinâmica permite que o planeta se aqueça e que a vida seja possibilitada.Essa energia é a protagonista do funcionamento do sistema Terra-atmosfera, sendo a responsável pela evaporação da água do planeta, pelo aquecimento e pela movimentação da atmosfera, de forma que todo o clima é por ele influenciado.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

TIPOLOGIA DOS ELEMENTOS

Umidade: a umidade é “dividida” em duas: absoluta e relativa. Um aspecto interessante da umidade relativa é que a mesma aumenta com a redução da temperatura, ao contrário do que ocorre com a absoluta, que apresenta seu ponto máximo durante o verão.
-absoluta: é a quantidade de vapor d’água presente na atmosfera, em um determinado momento, sendo medida em gramas por metro cúbico, ela é influenciada pela latitude, temperatura e distância do mar.

relativa: é a relação entre a umidade absoluta e a quantidade máxima de vapor existente na atmosfera (ponto de saturação), sendo utilizada na realização de previsões do tempo, na área da meteorologia.

Nuvens: são originadas de gotículas de água que sofreram condensação, ou seja, a água passa do estado gasoso para o líquido.
-cirros: apresentam brilho sedoso, sendo, normalmente, isoladas. Têm aspecto fibroso.
-cúmulos: apresentam contornos bem definidos e cor branca, sendo similar a flocos de
algodão.
-estratos: constituída por camadas horizontais.
-nimbos: são escuras e próximas à superfície.

Chuvas: Há três classificações para as chuvas: convectiva (de verão), frontal e orográfica (de relevo).

- Frontal: ocorrem devido ao encontro de duas massas de ar: uma fria e uma quente: 1º esfria, 2º aproxima-se do ponto de saturação, 3º origina nuvens e 4º chove. São mais duradouras e não tão intensas.


-Convectiva: se baseia na elevação vertical do ar, de modo que este entre em contato com camadas de ar frio, assim este condensa e ocorre a precipitação. Basicamente: o calor do sol esquenta o ar que tende a subir e a esfriar enquanto sobe; o vapor d’água contido no ar esfria e precipita; a evaporação também é intensa, portanto esse ar sobe e carrega muita umidade; aumenta cada vez mais a quantidade de vapor no ar; aumenta-se a instabilidade, isto é, o ar fica a beira de atingir o ponto de saturação. Estas chuvas tendem a ser rápidas, com maior incidência em áreas de clima equatorial e tropical, são chamadas de torrenciais e normalmente apresentam trovões e relâmpagos.

-Orográfica: ocorre devido ao próprio relevo de forma que o ar precise se deslocar horizontalmente devido a uma elevação deste. Assim, o ar acaba por subir, entrando em contato com as altas altitudes, ou seja, áreas mais frias, o que faz com que o vapor d’água sofra condensação e haja a precipitação.

Precipitações: pode ser originada a partir da passagem da água do estado gasoso para o líquido, ou seja, condensação.
- superficiais: condensação junto à superfície.
- atmosféricas não-superficiais: condensação muito acima da superfície

Ventos: ar atmosférico em movimento.
-constantes ou regulares: são os que sopram regularmente na mesma direção e dividem-se em alísios e contra-alísios. Os ventos alísios deslocam-se dos trópicos para o Equador. Ao chegar á zona de baixa pressão, ascendem provocando o resfriamento dos níveis mais altos e perdendo umidade por condensação e precipitação; os ventos contra-alísios, então, movem-se em sentido contrário até as zonas de alta pressão (trópicos).



-periódicos: durante certo período sopram numa direção e no período seguinte invertem-na, cujos exemplos mais característicos são as brisas e as monções. Monções são ventos que, durante o verão no hemisfério Norte, sopram do Oceano Índico para o sul e o sudeste da Ásia e, no inverno, sopram do interior da Ásia para o oceano, decorrentes da diferença de aquecimento entre esses e situação em diferentes hemisférios. Brisas são ventos observados nas regiões litorâneas. Durante o dia, movem-se do oceano para o continente e, durante a noite, do continente para o oceano.


(monções) (brisas)

-variáveis e ventos dominantes: movem-se nas latitudes acima dos 30º. Os variáveis sopram regularmente na mesma direção devido ao fácil deslocamento das zonas de alta e baixa pressão. No entanto, nas zonas temperadas, esses centros formam-se com maior freqüência, constituindo os ventos dominantes, que se deslocam regularmente na mesma direção.
-locais: ocorrem devido à presença momentânea de centro de alta e baixa pressão, podendo citar o frio pampeiro, que sopra no sul da Argentina e, ao atingir o Rio Grande do Sul, recebe o nome de minuano.

Massas de ar: grande porção de ar com características próprias.
-equatoriais continentais e marítimas: ambas são quentes e úmidas. Formadas em áreas ciclonais, são instáveis e formam correntes de convenção atmosférica (movimento de ascensão, resfriamento e queda dos ventos) e chuvas de convecção.
-tropicais continentais e marítimas: as continentais são quentes e secas e as marítimas, quentes e úmidas. Formadas em áreas anticiclonais, dificultam a condensação da umidade e a chuva (o movimento vertical do ar em direção à superfície impede a subida do ar quente), sendo responsáveis pelos ventos alísios.
-polares continentais e marítimas: ambas são frias, mas as continentais são secas e as marítimas, úmidas. Formadas em áreas anticiclonais como as tropicais, são estáveis e não provocam chuvas de convecção.

Correntes Marítimas: são divididas em frias e quentes.
-frias: massas de água que se originam nas zonas polares e que se deslocam em direção das áreas equatoriais. Exemplo: Corrente de Humboldt e Corrente de Benguela.
-quentes: massas de água que se originam nas zonas intertropicais, com deslocamento na direção das zonas polares. Exemplo: Corrente do Golfo.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS

O clima não é algo fixo, ele passa por períodos de mudança, como as conhecidas eras do gelo, períodos glaciais. Porém, atualmente, o clima vem mudando com mais freqüência, comparado ao que era antigamente. Isso se deve a vários fatores tanto externos como internos. Mas podemos considerar como principal fator externo, a intensidade da radiação solar no nosso planeta e, como interno, a ação antropológica, ou seja, a ação dos seres humanos sobre a Terra. A temperatura terrestre, e a vida sobre o planeta, dependem do Sol, que emite radiação sobre a Terra. A intensidade dessa radiação varia com os ciclos solares, que fazem com que ocorra, por exemplo, variações glaciais e fenômenos como El Niño e La Niña.
- El Niño e La Niña: Esses fenômenos são mudanças na temperatura na água de partes do Oceano Pacífico. O El Niño, a cada três ou quatro anos, aquece as águas do Pacifico, enquanto que La Niña o esfria, provocando redução na temperatura terrestre. A mudança da temperatura das águas provoca alterações na intensidade dos ventos alísios que pode fazer com que massas de água quente e de ar, se desloquem no Pacífico de forma diferente dos registros das médias históricas. As variações de intensidade desses ventos influenciam na pressão atmosférica do oceano, afetando o clima em varias partes do mundo.
Há também a retenção de energia calorífica na Terra, através do chamado efeito estufa, porém atualmente, tendo em vista ações humanos, muito calor é mantido no planeta, levando ao chamado Aquecimento Global.

- Aquecimento Global: A temperatura da Terra é, em média, em torno de 15 graus. Ela é proporcionada pelos chamados gases estufa, ou seja, gases que mantém a radiação solar, ou seja, o calor do Sol, na Terra, assim a aquecendo. Dióxido de carbono, vapor d’água e metano são alguns desses gases. Porém, atualmente, devido a fatores tanto internos quanto externos, esses gases estão presentes em maior quantidade, causando o chamado aquecimento global. Esse aumento é principalmente fruto de ações do homem, o que começou na revolução industrial, quando se passou a utilizar o carvão como fonte de energia o qual armazena toneladas de dióxido de carbono. O aquecimento global faz com que a temperatura do planeta aumenta, alterando o clima, em proporções mundiais. Os efeitos, porém, são desastrosos: geleiras descongelando o que leva a um aumento o nível do mar, o que, no futuro, causaria a inundação de cidades litorâneas, bem como o desaparecimento de ilhas. Os furacões e tufões ficaram ainda mais destrutivos e a temperatura cada vez maior, levaria a transformação de regiões semi-áridas em verdadeiros desertos.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

FENÔMENOS CLIMÁTICOS

Ventos: Quando uma superfície é aquecida devido à incidência direta dos raios solares sobre o solo, o calor irradia-se para o ar acima dela, constituindo posteriormente um centro de baixa pressão ou ciclone. Estando uma camada contígua menos aquecida, o ar sobre essa estará mais frio e carregado, formando um centro de alta pressão ou anticiclone. À medida que o ar dilatado inicia um movimento ascendente e atinge os limites da troposfera, o ar mais denso, na área anticiclonal, desloca-se em direção à superfície a fim de ocupar o lugar do fluido em ascensão. Essa movimentação do ar atmosférico em uma direção forma os ventos, oriundos das diferenças de pressão e de temperatura em um determinado. O instrumento que mede a velocidade ou intensidade dos ventos chama-se anemômetro, enquanto o aparelho que indica a direção dos ventos é o anemoscópio. Devido a um efeito ocasionado pelo movimento de rotação da Terra, o efeito de Coriolis, os ventos nas faixas intertropicais sopram no sentido leste-oeste no hemisfério sul, e no sentido oeste-leste no hemisfério norte.

(deslocamento do ar) (zonas ciclonais e anticiclonais)

Massas de Ar: As massas de ar são poções espessas e individualizadas do ar atmosférico que possuem características particulares de pressão, temperatura e umidade relativamente iguais às do local de origem. Ao se deslocar, entram em contato com massas vizinhas, cujas diferentes propriedades evitam a mistura entre essas. O encontro de duas massas de ar chama-se frente. São quentes quando ocorre o fluxo de ar quente; do contrário, são frias. Essas extensas camadas atmosféricas têm a capacidade de se mover para outras latitudes. Durante esse deslocamento, vão perdendo suas peculiaridades iniciais, até se dissiparem por completo, bem como alterando as condições climáticas dos locais por onde passam.

Nevoeiro ou neblina: é um conjunto de gotículas presentes no ar. Sendo resultado de precipitações superficiais.
Orvalho: é resultado da queda de temperatura durante a noite, que faz com que as gotas de água se condensem à superfície de plantas, principalmente.

Geada: quando a temperatura atinge zero grau o orvalho congela formando uma fina camada de gelo, a geada.

Neve: é a condensação do vapor d’água, na forma de cristais de gelo (cristalização), quando acumulada forma geleiras, comuns em regiões frias e também no alto de montanhas (neve eterna). Há o congelamento, porém este ocorre de forma mais lenta, não formando diretamente gelo "puro" como o granizo.
Granizo: diferentemente da neve, não ocorre devido à cristalização e sim ao transporte das gotas de água, através das correntes convectivas, para camadas mais frias e altas, resultando em seu congelamento. Definido como chuva congelada que cai em grãos.
Chuva: ela ocorre através da evaporação da água, a qual se mistura com o ar e começa a subir, formando nuvens carregadas de vapor. Ao atingir altas latitudes ou sofrer a ação de massas de ar frias, o vapor condensa, retornando ao estado líquido. Assim, por ser pesada e não conseguir se sustentar, a água cai na forma de chuva.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

CLIMA E TEMPO

Ao estudar o clima, nos deparamos com a diferença do conceito do mesmo com o de tempo. Isso ocorre devido à contradição entre o que é falado no nosso cotidiano e o que é de fato certo, em relação à geografia. O tempo é um estado momentâneo, ou seja, uma combinação dos elementos atmosféricos, como temperatura, umidade e pressão atmosférica, a qual muda constantemente. A ciência responsável pelo estudo do tempo é a meteorologia e a mesma é capaz de prever como este será em uma determinada região, a partir de dados recebidos por satélites. Diferentemente do tempo, o clima é mais “fixo”, sendo conceituado como uma sucessão habitual dos tipos de tempo, assim é condizente com um padrão geral de mudanças no mesmo, em um período de, no mínimo 30 anos (recomendado pela Organização Mundial de Meteorologia). A ciência responsável pelo estudo do clima é a climatologia, a qual afirma que mudança de tempo não significa mudança de clima, porém cabe-se constatar que o mesmo não é imutável, um exemplo das mudanças climáticas vividas pelo planeta, são as conhecidas Eras Glaciais.

Introdução

Apesar dos grandes avanços científicos e da consolidação humana em diversas paisagens naturais, os elementos que as compõem apresentam uma dinâmica ampla e singular, cuja independência exige a adaptação do homem aos diferentes espaços. Nesse contexto, criamos classificações a fim de tornar fenômenos práticos mais inteligíveis, impondo-nos diante de formas complexas como o relevo, o solo, a vegetação, a hidrografia e o clima - nosso principal enfoque.
Envolvendo um extenso período de observações, o clima é o resultado da constante interação entre a atmosfera e a superfície terrestre e o precursor de todas as atividades humanas. Apresentaremos, a partir de uma visão sincrética, seus principais componentes: latitude, maritimidade, altitude, pressão atmosférica, umidade, temperatura, ventos, correntes oceânicas e massas de ar, bem como suas diferentes classificações. Além disso, a distinção entre clima e tempo, sua influência na vida econômica, na vegetação e no condicionamento dos rios também serão alvos de nossos estudos, já que o conhecimento desses pelo seu próprio ritmo é intrínseco para cessar o processo de degradação ambiental, bem como para a estatística, principal ferramenta de investigação da meteorologia.
“O clima é o conjunto de estados do tempo meteorológico que caracterizam o meio ambiente atmosférico de uma determinada região ao longo do ano. O clima, para ser definido, considera um subconjunto dos possíveis estados atmosféricos e, para tal, requer a análise de uma longa série de dados meteorológicos e ambientais." (Wikipedia)