domingo, 30 de agosto de 2009

Conclusão

Sem sombra de dúvidas, o clima exerce, direta ou indiretamente, uma influência muito grande sobre a formação de paisagens ímpares e diversificadas, principalmente quando associado a múltiplos fatores naturais. Sendo responsável por todas as atividades desenvolvidas pelo homem e reflexo de uma ampla dinâmica natural, vem sendo o pioneiro de diferentes culturas, já que influi a alimentação, o vestuário, a habitação e primordialmente a economia dos diversos espaços. Nessa perspectiva, é essencial que saibamos frear o impactante desequilíbrio ecológico, haja vista de todo o legado e o patrimônio cultural deixados pelos seres humanos a gerações vindouras a destruição.

Entendendo o clima

Para entender o clima apenas é necessário compreender um simples esquema: fatores climáticos influenciam os elementos climáticos. Esses definem o tempo, o qual em sua sucessão durante 30 anos define o clima. Com esse esquema entende-se basicamente como funciona toda a dinâmica que por fim resulta no clima de uma determinada região.

Parâmetro climático de POA




FATORES DO CLIMA

Latitude: A latitude é um dos fatores do clima que influi na temperatura devido à forma esférica da Terra. A insolação diminui a partir do Equador, pois ali os raios solares incidem perpendicularmente à superfície da Terra, em direção aos pólos, onde há elevada inclinação e reflexão dos raios solares. Então a regra geral se define por a temperatura diminuir com o aumento da latitude.

Altitude: A altitude é um fator climático que exerce grande influência sobre a temperatura. Isso ocorre porque o calor é irradiado da superfície terrestre, é refletido, sendo enviado de volta, e a atmosfera se aquece por irradiação. O ar se torna mais rarefeito a medida que a altitude fica maior. O ar ficar rarefeitosignifica ter menor densidade de moléculas, ocorrendo menor irradiação, menor retenção de calor e, por consequência, menores temperaturas. A temperatura cai 1ºC, aproximadamente a cada 200 metros que nos elevamos. As regiões tropicais são muito quentes geralmente. Nelas encontramos serras, chapadas e planaltos, o que é um importante fator amenizador da temperatura. Podemos encontrar no Brasil, por exemplo, nas serras do Mar e da Mantiqueira, no Planalto da Borborema e no Planalto Meridional. Já as regiões temperadas são normalmente mais frias e a elevação da altitude [nos Alpes, por exemplo,] acentua ainda mais o rigor da temperatura.


Correntes Marítimas: As correntes marítimas são porções de água que se deslocam pelos oceanos. Com características próprias elas apresentando temperatura, salinidade, pressão e velocidade. As correntes marítimas distribuem o calor e influem no clima. Elas resultam de diversos fatores, como ventos, movimento de rotação da Terra, diferenças de salinidade e temperatura das águas e conformação das bacias oceânicas. As correntes quentes formam-se nas áreas equatoriais e migram para as altas latitudes, onde irradiam calor para o ar atmosférico. Um exemplo é a corrente quente do Golfo ou Gulf Stream. As correntes frias formam-se nas áreas polares, migram para as baixas latitudes e provocam queda da temperatura nas áreas próximas aos litorais. Temos como exemplo as correntes frias de Humboldt e da Califórfia, que esfriam o ar atmosférico ao longo de seu trajeto. As correntes marítimas também influem na umidade. As massas de ar quente provenientes do Pacífico se resfriam ao passar sobre essas correntes, ocasionando condensação e chuvas. Elas chegam secas ao litoral e ao interior da América do Sul e do Norte, sendo, além de outros fatores, responsáveis pela existência dos desertos de Atacama e do Colorado, bem como do deserto mexicano. Uma observação feita é que as principais áreas pesqueiras do mundo localizam-se em locais de encontro entre correntes frias e quentes. Para compensar o movimento das águas superficiais, as águas profundas são transportadas verticalmente para cima – o qual é conhecido como fenômeno da ressurgência - trazendo sedimentos ricos em nutrientes. A iluminação solar aumenta a atividade biológica, concentrando plâncton (microorganismos animais e vegetais) e atraindo grande quantidade de peixes. As principais correntes quentes são: Corrente do Brasil, Corrente do Golfo, Corrente das Agulhas, Corrente Equatorial Sul, Corrente Oriental da Austrália ,Corrente Equatorial do Norte, Corrente Kuroshio. As principais frias são: Corrente Subártica, Corrente do Peru, Corrente das Falklands, Corrente do Labrador, Corrente de Benguela, Corrente Ocidental da Austrália e Corrente da Groenlândia.
Continentalidade e maritimidade: A proximidade de grandes quantidades de água exerce influencia na temperatura. A água demora a se aquecer, enquanto os continentes se aquecem rapidamente. Porém a água também demora para esfriar. Assim áreas mais próximas aos oceanos são mais amenas, apresentando menos amplitude térmica, sofrendo influência da maritimidade. Já o interior dos continentes, por estarem distantes do mar, sofrem influência da continentalidade, apresentando maior amplitude térmica. Um exemplo disso é visto na Europa, onde há os climas temperado oceânico e continental.


Pressão: o elemento climático é capaz de influenciar a umidade, o que ocorre através da ação de ventos, os quais deslocam o vapor d’água.

Tipo de solo: dependendo do solo este pode ser capaz de reter água, por exemplo, solos arenosos retêm água em tubos formados pelos grãos de terra, enquanto solos de florestas não.
Relevo: O relevo constitui uma barreira natural para a úmida, o que é explicado com a ocorrência das chuvas de relevo. Deixando a área de sotavento mais seca e a de barlavento úmida. Ele também pode permitir a livre entrada de massas de ar, deixando muitas áreas sucessíveis aos efeitos das mesmas, com quedas e altas de temperatura.

Vegetação: A vegetação impede a incidência total dos raios solares, mantendo o índice pluviométrico alto.
Ocupação humana: O desmatamento altera significativamente o clima em uma região, por exemplo, o desmatamento de uma floresta torna a mesma mais seca.

ZONAS CLIMÁTICAS

O planeta pode ser dividido em cinco zonas climáticas. Essa divisão é feita pelos próprios paralelos: Trópico de Câncer, Trópico de Capricórnio, Círculo Polar Ártico, Círculo Polar Antártico e Equador. Entre os trópicos está localizada a Zona Quente ou Tropical, esta é caracterizada por apresentar climas sem inverno. Entre os trópicos e círculos, as Zonas Temperadas, caracterizadas pelos climas de latitudes médias. Por fim após os círculos polares há as Zonas Polares, as quais apresentam os climas sem verão.

TIPOS DE CLIMA

Tropical: O clima tropical é uma “faixa de transição” entre os climas equatorial, excessivamente úmido, e desértico, excessivamente seco. Apresenta estações bastante equilibradas quanto á distribuição das chuvas, ao se aproximar dos trópicos, a estação seca tende a aumentar, logo, clima tropical seco. Se a estação úmida superar a seca, então o clima é tropical úmido. Ele ocorre na América do Sul, África Oriental e parte da África do Sul, Sul da Ásia (Índia e Indochina), onde o clima tropical é influenciado pelas monções, e Norte da Austrália. Em geral é caracterizado por temperaturas elevadas, em média 20ºC, e com uma amplitude que não ultrapassa os 10ºC. Os verões são quentes e úmidos e os invernos com temperaturas menores e queda na precipitação.
Subtropical: O clima subtropical é característico (mas não exclusivo) das áreas geográficas a sul do Trópico de Capricórnio e a norte do Trópico de Câncer, mais precisamente entre os paralelos 23º27'30'' e 35º, a chamada zona subtropical. Compreende as regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas, a região do Vale do Ribeira, o extremo sul do Mato Grosso do Sul e os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Caracteriza-se por temperaturas médias anuais inferiores a 21º C, com amplitude térmica entre 9ºC e 13ºC. Nas áreas mais elevadas, o verão é suave e o inverno é mais frio, com nevadas ocasionais. Nas áreas mais baixas, a neve é rara ou nunca registrada, mas fortes geadas podem atingir toda a área de abrangência deste clima. Chove entre 1.000 mm e 2.000 mm anualmente, de forma bem distribuída ao longo das estações.

Mediterrâneo: Ao sul do continente europeu, na região banhada pelo Mar Mediterrâneo, ocorre o clima mediterrâneo, com médias térmicas superiores a 18°C. Essa região, que abrange o sul da França, Itália, Grécia, Portugal e Espanha, sofre a influência dos ventos vindos do Deserto do Saara, que tornam o clima mais quente e seco. O clima mediterrâneo é quente e seco no verão e é instável e úmido no inverno. o período de chuva dura de 2 a 4 meses, no inverno, sendo raro ocorrer precipitações no resto do ano.

Temperado: O clima temperado é aquele que ocorre nas regiões central da Europa, sudeste da Austrália, litoral sul da América do Sul, nordeste da China, norte do Japão e parte do Oriente Médio. Caracteriza regiões cuja temperatura varia regularmente ao longo do ano, com a média acima de 10°C, nos meses mais quentes e entre -3º e 18°C, nos meses frios. Possuem quatro estações bem definidas: um verão relativamente quente, um outono com temperaturas gradativamente mais baixas com o passar dos dias, um inverno frio, e uma primavera, com temperaturas gradativamente mais altas com o passar dos dias. A umidade relativa do ar, no inverno, fica entre 80% e, no verão, 90%. Há subdivisões no clima temperado conforme a área em que se situa como: temperado mediterrânico (Roma, Lisboa, Madri, Santiago do Chile), subtropical úmido (Curitiba, Porto Alegre, Houston), temperado marítimo (Prince Rupert, Limoges, Açores), temperado subártico (Punta Arenas, Monte Dinero), temperado continental (Moscou e Chicago).
De Altitude: Ocorre em todas as áreas com altitude elevada, a qual influência tanto na temperatura quanto nas precipitações. O verão é curto e apresenta temperaturas de no máximo 10°C e o inverno muito frio. Normalmente a amplitude térmica é baixa. As precipitações são frequentes durante o ano, muitas vezes, na forma de neve.

Árido: O clima árido é aquele que ocorre nas regiões marcadas pela presença de deserto. Podemos encontrar este tipo de clima nos seguintes desertos: Saara, Arábia, Austrália, Atacama, Neguev, Kalahari, Sonora, entre outros. Os Climas secos (áridos e semi-áridos) são caracterizados pelos fato da precipitação (volume de chuvas) ser menor do que a taxa de evaporação e transpiração, uma elevada amplitude térmica e uma baixíssima umidade relativa do ar.
Polar: O clima polar, como o próprio nome já diz, é característico das regiões polares, portanto, em altas latitudes. Neste tipo de clima que abrange toda a Antártida no hemisfério sul e as regiões norte do Alaska, Canadá, Sibéria, Groenlândia e boa parte da Islândia as temperaturas médias são muito baixas e ficam sempre negativas. No verão chegam aos -10 ºC e no inverno podem alcançar os -60 ºC, sendo que na Antártida o inverno é totalmente inóspito com temperaturas que podem chegar a -80 °C ou até mais baixas no interior do continente. São regiões de ventos intensos e que ficam cobertas de gelo neve durante todo o ano, com exceção das faixas litorâneas onde uma vegetação de tundra aparece durante o curtíssimo verão. No inverno há dias em que o Sol não nasce, e certos dias no verão ele não se põe (Sol da meia-noite) Também é um clima que apresenta altas amplitudes térmicas diárias e anuais.

Alpino: Clima alpino é um clima existente numa região situada a uma altitude acima da linha das árvores, uma linha imaginaria em que acima dela não há a ocorrência de arvores.
Este clima é mais frio nas áreas elevadas, pois os raios do sol não aquecem a atmosfera diretamente, ela é aquecida pelo calor da superfície, que irradia o calor recebido do sol. A taxa média seca do lapso é menos 10°C por quilômetro da elevação ou da altura.

Equatorial: Ocorre em áreas próximas à linha do equador, é caracterizado por altas medias mensais de temperaturas e grande índice de pluviosidade, superior a 2000 mm de precipitação anual. O clima equatorial não tem estações bem definidas, permanecendo sempre quente e úmido. Em conseqüência do clima, a vegetação predominante é a floresta equatorial, uma formação vegetal marcada pelo domínio de grandes árvores e uma biodiversidade das mais fartas do mundo.

Continental: Este clima é próprio das regiões do interior dos continentes em latitudes superiores a 45º. Caracteriza-se por invernos muito frios, longos e secos com temperaturas médias mensais que oscilam entre –10ºC e os 20ºC, devido à distância que as separa das áreas de influencia marítima,com as temperaturas de verão bastante altas que contrastam fortemente com os invernos, muito frios. A temperatura média anual é inferior a 10 °C.


Distribuição de Climas:

- no Brasil:



- no mundo:

sábado, 29 de agosto de 2009

MICROCLIMAS

Apesar das classificações climáticas, há regiões do planeta que possuem um clima específico e isolado. Segundo Geiger microclimas são todos os climas restritos a áreas muito reduzidas. Eles são determinados pelo próprio ambiente, ou seja, pelo solo, vegetação e acúmulo de matéria orgânica. Podem ser divididos em dois tipos: de vegetação e urbano. Um exemplo de área com microclima de vegetação são as florestas, nestas as árvores retém calor solar, assim aquecendo a região. De forma que no interior da floresta a temperatura seja mais amena, chegando a ser até cinco graus mais baixa. Já as grandes metrópoles muitas vezes constituem as chamadas ilhas de calor, um microclima urbano. Essas ilhas ocorrem, quando a cidade está localizada em uma área coberta por ar quente, aproximadamente a 120 metros. Uma causa disso é a falta de vegetação e a combustão dos motores de veículos, em geral. Isso faz com que a emissão de gases aumente, levando a um aumento de temperatura, em até seis graus. Esses microclimas são importantes, de forma que seja necessário preserva-los. Eles estão vinculados com a vegetação da região, com a superfície aquosa, com o ecossistema em geral. Assim, uma alteração no mesmo, pode levar a um desequilíbrio ecológico da área.
“O clima é o conjunto de estados do tempo meteorológico que caracterizam o meio ambiente atmosférico de uma determinada região ao longo do ano. O clima, para ser definido, considera um subconjunto dos possíveis estados atmosféricos e, para tal, requer a análise de uma longa série de dados meteorológicos e ambientais." (Wikipedia)